Professora Titular de Linguística do Departamento de Letras Clássicas e Linguística e professora do Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade Federal de Santa Maria. Professora pesquisadora do Laboratório Corpus – PPGL e coordenadora do Centro de Documentação e Memória da UFSM-Silveira Martins.
Língua: entre a memória e a história na Educação Patrimonial
Para nós, todo sujeito é uma multiplicidade de tempos, de durações em um por+vir. São elas, as durações, que condicionam a relação ao ad+vir, sustentadas pela memória e pela história. Dessa forma, é impossível pensar sobre o mundo e sobre nossas relações sem que memória e história estejam aí constituídas. Memória entrelaçada em uma história. História, em uma rede de significação, firmada por uma memória. São elas que compõem e sedimentam o nosso universo de coisas a saber. São elas que compõem nosso tempo – e as durações – em uma dimensão do ad+vir. São elas que nos ajudam a entender o que somos e o que queremos ser. São elas que nos dão caução em um tempo ainda sem duração. Para nós, sem história e sem memória, somos um vazio no tempo presente. Mas qual seria o lugar da língua em uma Educação Patrimonial? Ao nosso ver, a língua é uma parte de um todo – ilusório – que liga todas as partes. Sem língua não há produção do conhecimento, sem língua não há transmissão, sem língua não existimos.
