Linguagem e Cognição
Olhares e perspectivas
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Linguagem e Cognição
Olhares e perspectivas
Heronides Moura (UFSC) — Corrupção sem fim: tempo e aspecto em metáforas sobre corrupção no Brasil.⠀
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Examinando sentenças coletadas no acervo da Folha de São Paulo (2012-2017), pude observar que as metáforas sobre corrupção no Brasil são conceptualizadas com base num domínio aspectual específico: o da imperfectividade. Ou seja, a corrupção é vista, metaforicamente, como um evento sem um tempo delimitado, não acabado e repetitivo. A corrupção é metaforicamente pensada como um fenômeno que está distribuído em todos os períodos de tempo, indiscriminadamente.⠀
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Rosângela Gabriel (UNISC / CNPq) — Em tempos de COVID-19, que tal falarmos sobre o “vírus” da leitura?⠀
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A pesquisadora Utah Frith, em um famoso Editorial da revista Brain (1998, N. 6), intitulado Literally changing the brain (Literalmente modificando o cérebro), comparou a aprendizagem da leitura a um vírus de computador, mas a um “vírus do bem”, que ao invés de danificar os arquivos, transforma-os positivamente, ampliando a capacidade e a precisão do armazenamento. Assim como os vírus de computador, a extensão das modificações cerebrais decorrentes da aprendizagem da leitura são muitas vezes imprevisíveis. Apenas nas últimas décadas, essas transformações vem sendo rastreadas, e ainda há muitas implicações da aprendizagem da leitura nos sistemas cognitivos que não conhecemos completamente. ⠀
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Paulo Roberto Gonçalves-Segundo (USP)⠀— A construção de espaços conceptuais na legitimação discursiva e na mobilização social: articulações entre linguagem e cognição
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Visamos, nesta apresentação, a discutir, a partir de uma articulação entre a Linguística Cognitiva e os Estudos Críticos do Discurso, como espaços conceptuais – construtos cognitivos locais que emergem textualmente e que articulam perspectivações espaciais, temporais, axiológicas, epistêmicas e referenciais, ancoradas em frames – podem ser mobilizados discursivamente para legitimar e mobilizar ações sociais variadas.