Olhares bakhtinianos
Sobre o contexto pandêmico
Participants
-
Luciane de Paula
Luciane de Paula
Luciane de Paula é doutora em Linguística e Língua Portuguesa pela mesma universidade e possui Pós-Doutorado pela Université François Rabelais – Tours – France, onde também atuou como leitora de português na Graduação e na Pós-Graduação. Atualmente é professora do curso de Letras, lotada no Departamento de Estudos Linguísticos, Literários e d Educação – DELLE, da UNESP – Assis, credenciada como professora permanente do Programa de Pós-Graduação em Linguística e Língua Portuguesa da UNESP – Araraquara e do Programa de Mestrado Profissional em Letras – PROFLETRAS, no qual se encontra como coordenadora desde 2017. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Análise Dialógica do Discurso e atua, principalmente, nos temas voltados à verbivocovisualidade da linguagem, materializada em enunciados estético-midiáticos (canções, filmes, seriados, peças publicitárias, HQs, textos literários, redes sociais, entre outros). É Editora da ALFA – Revista de Linguística da UNESP, desde abril de 2020 e membro do Conselho Superior do PROFLETRAS, como representante dos coordenadores das Unidades do Programa no país.
-
Rodrigo Acosta Pereira
Rodrigo Acosta Pereira
Doutor em Linguística, na área de concentração Linguística Aplicada, na UFSC (CNPq), Rodrigo Acosta Pereira é professor Adjunto da Universidade Federal de Santa Catarina, no Departamento de Língua e Literatura Vernáculas, campus central de Florianópolis-SC. Atua na graduação e nos Programas de Pós-graduação em Linguística (PPGLg) e Mestrado Profissional em Letras (PROFLETRAS). Tem experiência na área de Linguística Aplicada, atuando principalmente nos seguintes temas: ensino e aprendizagem de língua materna na esfera escolar, formação de professores, análise de gêneros do discurso, análise dialógica do(s) discurso(s), escritos do Círculo de Bakhtin. Membro do NELA – Núcleo de Estudos em Linguística Aplicada e do Grupo de Estudos no Campo Discursivo na UFSC e no Grupo de Pesquisa Práticas discursivas na contemporaneidade na UFRN. Membro do GT – Gêneros Textuais/Discursivos da ANPOLL. Membro efetivo da ABRALIN. Sócio pleno da ALAB.
-
Maria da Penha Casado Alves
Maria da Penha Casado Alves
Maria da Penha Casado Alves é doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC de São Paulo. É Professora Associada da área de Língua Portuguesa do Departamento de Letras. Atua na Graduação e na Pós-Graduação no Programa de Estudos da Linguagem da UFRN e coordena nacionalmente o Mestrado Profissional em Letras-ProfLetras. Tem experiência na área de Linguística Aplicada, atuando, principalmente, nos seguintes temas: gêneros do discurso, ensino de Língua Portuguesa, leitura, escrita, gêneros discursivos, enunciados estéticos, Frida Kahlo, tendo como referência os pressupostos teóricos do Círculo de Bakhtin.
Mediator
-
Isabel Cristina Michelan de Azevedo
Isabel Cristina Michelan de Azevedo
Doutora em Letras Clássicas e Vernáculas pela FFLCH da Universidade de São Paulo, Isabel Cristina Michelan de Azevedo é professora efetiva da Universidade Federal de Sergipe (UFS) no Departamento de Letras Vernáculas (DLEV). No período de 2019-2020, assumiu a presidência da diretoria do Grupo de Estudos Linguísticos do Nordeste (GELNE); entre 2016 e 2018, compôs o Conselho do GELNE, compondo o Conselho Titular. Tem concentrado a pesquisa na área de Linguagem, com foco nas teorias do discurso e da argumentação, e Educação, com trabalhos publicados em torno dos seguintes temas: ensino-aprendizagem da argumentação, ensino de leitura e literatura, produção textual, linguística aplicada, análise do discurso e formação de professores. Desenvolve projetos de extensão em parceria com a Secretaria de Educação (SE) e com escolas públicas de diferentes municípios em torno da leitura em perspectiva interdisciplinar.
Abstract →
Olhares bakhtinianos
Sobre o contexto pandêmico
O objetivo desta mesa-redonda é refletir acerca da respondibilidade ético-discursiva no cronotopo da COVID-19 no Brasil, tendo em vista políticas públicas para o combate à pandemia e, nesse contexto, o ensino-aprendizagem remoto na escola (da Educação Básica à Universidade). Assim, propõe-se pensar o racismo científico e o darwinismo social presentes nos discursos oficiais num cronotopo de crise sanitária, econômica e política que agrava ainda mais as desigualdades e exclusões sociais. A relevância da discussão está apoiada nas contribuições que os estudos bakhtinianos trazem para se pensar questões sociais urgentes do Brasil contemporâneo, em interação com o quadro internacional. A hipótese é a de que há, em curso, um holocausto à brasileira, dada a necropolítica neoliberal voltada aos pobres, negros, mulheres e comunidade LGBTQI+. Os resultados sinalizam para as ressonâncias de uma voz eugenista que transforma a pandemia em um terror pandemoníaco.