Tendências contemporâneas dos estudos da metáfora
Participants
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Ana Cristina Pelosi
Ana Cristina Pelosi
Ana Cristina Pelosi é doutora em Linguística e Psicologia pela Universidade de Leeds, Inglaterra (1995). Realizou estágio Pós-Doutoral na Universidade da Califórnia em Santa Cruz, Califórnia, E. U. A. (2004), no Departamento de Psicologia, com a colaboração de Raymond W. Gibbs Jr. Professora Aposentada da Universidade Federal do Ceará, onde ainda atua no Programa de Pós-Graduação em Linguística como Colaboradora, Pelosi tem experiência em Psicolinguística Experimental, com ênfase em Linguística Cognitiva e Linguística Aplicada. Atualmente, seus interesses de pesquisa se voltam, especialmente, para o discurso e linguagem figurada de vítimas de violência em centros urbanos brasileiros a partir de uma perspectiva cognitivo-discursiva e da teoria dos sistemas adaptativos complexos.
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Maity Simone Guerreiro Siqueira
Maity Simone Guerreiro Siqueira
Maity Simone Guerreiro Siqueira é Professora Associada da UFRGS (Departamento de Linguística, Filologia e Teoria Literária), com vínculo permanente no PPG Letras. Doutora em Linguística e Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2004), Maity Siqueira realizou Estágio Sênior no departamento de Psicologia Cognitiva da University of California Santa Cruz (2014), onde trabalhou com Raymond Gibbs. Atua na área da Psicolinguística, com ênfase em Linguística Cognitiva. Seus interesses de pesquisa atuais incluem compreensão e aquisição de linguagem figurada (por populações clínicas e não clínicas) e o desenvolvimento e validação de um teste psicométrico que avalia a capacidade de compreender linguagem figurada (particularmente metáforas, metonímias, expressões idiomáticas, provérbios e ironias).
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Solange Coelho Vereza
Solange Coelho Vereza
Solange Coelho Vereza é doutora em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1998). Fez estágio de Pós-Doutorado em Linguística, na Universidade de São Paulo (USP). Tem experiência nas áreas de Teoria e Análise Linguística e Linguística Aplicada, atuando e publicando, principalmente, nos seguintes campos: metáfora, argumentação e leitura. É professora Titular da Universidade Federal Fluminense, atuando no Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagem da UFF, ministrando cursos e orientando dissertações de mestrado e teses de doutorado. Coordenou o GT Linguística e Cognição da ANPOLL.
Mediator
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Paulo Henrique Duque
Paulo Henrique Duque
Paulo Henrique Duque é doutor em Lingüística pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2008). Atualmente, é Professor Associado da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Tem experiência na área de Lingüística, com ênfase em Modelo Baseado no Uso, atuando principalmente nos seguintes temas: linguística cognitiva, construções gramaticais, semântica da simulação, e discurso e cognição.
Abstract →
Tendências contemporâneas dos estudos da metáfora
A mesa redonda tem como objetivo explorar a tendência cognitivo-discursiva que vem caracterizando as pesquisas contemporâneas que têm como foco a metáfora. Essa tendência incorpora os ganhos teóricos e metodológicos advindos do que vem sendo considerado uma mudança de paradigma resultante da introdução da perspectiva cognitiva da metáfora por Lakoff e Johnson (1980 [2002]). Os estudos contemporâneos buscam a articulação entre a perspectiva cognitiva e a discursiva, uma vez que partem da hipótese de que a metáfora, como todos os fenômenos próprios da cognição inscritos, evocados e instanciados na linguagem em uso, são de natureza multidimensional.
Seguindo, portanto, essa linha teórica, que tem claras implicações analíticas, as três apresentações da mesa-redonda proposta têm como foco o relato e a discussão de pesquisas que investigam a metáfora na fronteira entre o cognitivo e o discurso, a partir de diferentes metodologias – de caráter mais experimental e ou mais linguístico- norteadas por conceitos e unidades de análise diversos, porém conceitualmente coerentes. Abordando a metáfora como uma emergência cognitivo-discursiva, a primeira apresentação destaca como esta pode ser útil na identificação de sentimentos e atitudes de vítimas de violência e na sinalização de atitudes mais ou menos empáticas em relação ao Outro. A segunda apresentação convida a olhar para casos clínicos nos quais a compreensão de fenômenos relacionados à metáfora está comprometida. Os estudos da linguagem figurada, nesses casos, podem auxiliar na prática de profissionais não linguistas, das áreas da educação e da saúde.
A última apresentação propõe uma reflexão sobre as unidades de análise da metáfora na articulação entre o cognitivo e discursivo que vêm sendo introduzidas e aplicadas em pesquisas recentes, com o propósito de se investigar os efeitos retóricos/argumentativos da linguagem figurada em uso.