Ana Elisa Ribeiro
Educação e Tecnologias Digitais: ciclos da precariedade diante da pandemia
Conferencista
-
Ana Elisa Ribeiro
Ana Elisa Ribeiro
Ana Elisa Ribeiro é professora e pesquisadora do Departamento de Linguagem e Tecnologia do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG), onde atua no Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagens (mestrado e doutorado), no bacharelado em Letras (Tecnologias da Edição), em cursos de especialização e na educação profissional técnica de nível médio. É doutora em Linguística Aplicada (Linguagem e tecnologia) e mestre em Estudos Linguísticos (Cognição, linguagem e cultura) pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde também se bacharelou e licenciou em Letras/Português. É pós-doutora em Comunicação (PUC-Minas – 2009-2010), em Linguística Aplicada (Instituto de Estudos de Linguagem da Unicamp – 2011-2013) e em Estudos Literários (2015-2016, Pós-Lit UFMG). Há vários anos, tem trabalhado em duas frentes: a linguística aplicada e a edição, em pesquisas que confluem sempre em questões sobre leitura e escrita. Entre outros, é autora dos livros “Textos Multimodais” e “Escrever, hoje” (Parábola Editorial) e “Livro – Edição e tecnologias no séc. XXI” (Moinhos/Contafios). É escritora, autora de livros e publicações literárias individuais e coletivas, no Brasil e no exterior. Atualmente, lidera projeto de pesquisa sobre Mulheres Editoras no Brasil, com o apoio da Fapemig.
Resumo →
Ana Elisa Ribeiro
Educação e Tecnologias Digitais: ciclos da precariedade diante da pandemia
Há pelo menos três décadas, estudos no âmbito da Linguística Aplicada tratam das transformações sociais e educacionais trazidas pelas Tecnologias Digitais da Informação e da Comunicação – TDIC, geralmente apontando como possíveis e mesmo positivos usos dessas tecnologias com finalidade pedagógica. Para mostrar ou defender esses usos ou o que se poderia chamar de práticas de letramento digital, uma infinidade de trabalhos de doutorado, mestrado e artigos científicos não apenas analisa “boas práticas”, mas também propõe a aplicação das TDIC, hardware & software, com o objetivo de inspirar professores, inclusive os/as da educação básica. Até março de 2020, no entanto, a precariedade desses usos só era interrompida por práticas isoladas ou pessoalizadas, narradas aqui e ali. Com a avassaladora chegada da Covid-19, usos radicais – e improvisados – das tecnologias digitais tornaram-se obrigatórios, o que não significou o encerramento de um ciclo de precariedades de diversas naturezas, mas talvez tenha sido nossa melhor chance de repensar modos e tempos da escolarização no século XXI. Neste ABRALIN AO VIVO, vamos tratar de questões que nos afligiam antes da pandemia e que nos afligem agora, diante de um futuro incerto e ainda inimaginável para a educação escolar.