Argumentação e interação em Linguística Textual
Participantes
Moderador(a)
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Mariza Angélica Paiva Brito
Mariza Angélica Paiva Brito
Professora da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (UNILAB) e do Mestrado em Estudos da Linguagem (Unilab); Bolsista de Produtividade em Pesquisa da FUNCAP (BPI/CE); Pós-Doutora em Linguística de Texto, Mestre e Doutora em Linguística pelo Programa de Pós-Graduação em Linguística da UFC. Líder do PROTEXTO – Grupo de Pesquisa em Linguística (CNPq / UNILAB) e Líder do GELT – Grupo de Pesquisa em Linguística Textual (CNPq / UNILAB) Membro do GT Linguística do Texto e Análise da Conversação, da Associação Nacional de Pesquisa em Letras e Linguística (ANPOLL); Graduada em Psicologia pela Universidade Federal do Ceará; Desenvolve pesquisas na área de Linguística Textual, heterogeneidade enunciativa e argumentação.
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Argumentação e interação em Linguística Textual
Esta Live propõe um debate sobre as interfaces entre texto, argumentação e interação, considerando diferentes abordagens relativas a correntes teóricas com as quais a Linguística Textual dialoga. A mesa enfatizará relações que a Linguística Textual atualmente vem estabelecendo entre as modalidades argumentativas, os gêneros do discurso, as implicações do contexto digital nas formas de interação, os recursos linguageiros e os ambientes de coprodução dos textos e de sua circulação. Tomando a argumentação como parte integrante do funcionamento dos textos, entende-se, com Amossy (2017), que argumentar é tentar modificar, reorientar, ou mais simplesmente reforçar, pelos recursos da linguagem, a visão que o interlocutor e o terceiro têm das coisas. Por essa teoria da argumentação nos discursos, a Linguística Textual vem defendendo que todo texto tem uma dimensão argumentativa, mas que cada um deles comporta sua própria forma de enunciar e depende da estrutura discursiva da interação em que acontece. Um pesquisador da Linguística Textual considera o contínuo das modalidades argumentativas em estreita relação com os recursos linguageiros, como a forma de interação em cada contrato comunicativo, o gênero, o plano textual (ADAM, 2019) e a contextualização social do tópico, entre outros. Utilizar recursos linguageiros é ter sempre em conta uma multimodalidade nas práticas discursivas historicamente situadas. Esta mesa também discutirá, com base nas reflexões de Paveau (2017), as fronteiras textuais e as operações de textualização nas interações produzidas off-line e nos textos que a autora denomina de “nativos digitais”. A abordagem teórica da Linguística Textual ajusta, assim, a seu escopo de análise, outros aportes teóricos de correntes argumentativas, discursivas e interacionais, numa interdisciplinaridade focada.