Línguas codificam experiências no mundo por diferentes caminhos, incluindo relações de poder. Na representação de gênero, as línguas do mundo tendem a estabelecer uma relação com sexo, assumindo em geral como padrão o masculino. A partir do entendimento de que essa categoria é construída socialmente, movimentos pela representatividade de outros gêneros sociais vêm,  contudo, sugerindo recursos gramaticais capazes de subverter essa tendência, propondo alternativas para o que se rotula como linguagem inclusiva, isto é, defendendo sistemas sem marcação ou mesmo com marcação dupla ou neutra de gênero.

Sistemas que não contam com gênero neutro podem ser convertidos ou adaptados em/para sistemas de tal natureza? Em caso positivo, que mecanismos gramaticais podem ser mobilizados para alcançar esse objetivo?

Qual a efetividade dos recursos gramaticais que vêm sendo empregados para promover o uso inclusivo de gênero nas línguas? Como isso conflita com a norma padrão, em especial em correspondências oficiais?

Estas e outras questões serão objeto de discussão do simpósio virtual Língua, gramática, gênero e inclusão, a ocorrer no dia 14/7 às 19h. A participação requer a inscrição prévia dos expositores, mediante a submissão de uma proposta de fala que contribua para o debate aqui proposto exclusivamente por este link https://forms.gle/VTiuCD8tGUi7uggV9. A discussão será transmitida na agenda do Abralin Ao Vivo, com possibilidade de perguntas no chat.