Marcia Paraquett
Discursos e pedagogias interculturais femininas da América Latina
Conferencista
-
Marcia Paraquett
Marcia Paraquett
Marcia Paraquett possui Graduação (1970) e Mestrado (1977) em Letras pela Universidade Federal Fluminense; Doutorado em Letras (Língua Espanhola, Literatura Espanhola e Hispano-Americana) pela Universidade de São Paulo (1997) e Pós-doutorado em Linguística Aplicada pela Universidade de Campinas (2002), pela Universidade de Santiago do Chile (2015) e pela Universidade de Murcia/Espanha (2015). É professora aposentada da Universidade Federal Fluminense, sendo também professora associada da Universidade Federal da Bahia. É autora de três livros; organizou uma revista e quatro livros, além de ter diversos artigos publicados em coletâneas e revistas nacionais e internacionais. Desenvolve pesquisa e orienta teses/dissertações sobre ensino/aprendizagem de línguas, formação de professores, interculturalidade e políticas de ensino de línguas, em particular referentes ao Espanhol como Língua Estrangeira (E/LE) no Brasil. É bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq (PQ-2) e líder do Grupo de Pesquisa PROELE: formação de professores e espanhol em contexto latino-americano, inscrito no CNPQ.
Resumo →
Marcia Paraquett
Discursos e pedagogias interculturais femininas da América Latina
A proposta é refletir sobre discursos e pedagogias de mulheres da América Latina, dando atenção, entre outros aspectos, à interseccionalidade de gênero e de raça que afetam nossa forma de fazer educação. Observo que meu lugar de fala é a linguística aplicada, entendida como uma área científica que se interessa pela linguagem em uso e, particularmente no meu caso, pela formação de professore(a)s de espanhol e feminismo, tema do meu atual projeto de pesquisa. Ressalto que sempre houve a presença de muitas mulheres na educação de nosso continente, embora a maior visibilidade tenha sido dada aos homens, algumas vezes de maneira muito justa, como é o caso de Paulo Freire, Anísio Teixeira e Florestan Fernandes. No entanto, precisamos insistir na feminilização da educação, destacando categorias e nomes como Catherine Walsh (2005), com quem compartilho a concepção de Interculturalidade; Ana Pizarro (2004), que me ajuda a definir a América Latina como espaço cultural; Nilma Lino Gomes (2012), Ana Lúcia Silva Souza (2016) e Silvia Rivera Cusicanqui (2018), que alertam para a necessidade dos currículos se aterem às relações étnico-raciais, como propõe a Lei nº 11.645, de 10 de março de 2008, que dispõe sobre a inclusão no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena.