O emprego de ferramentas computacionais e de recursos de IA na investigação do processamento linguístico
Conferencista
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Erica dos Santos Rodrigues
Erica dos Santos Rodrigues
Graduou-se em Letras Português-Literaturas de Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 1991, completando sua Licenciatura Plena em Letras (Port.-Literaturas), pela mesma instituição, em 1993. Concluiu mestrado em Letras, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, em 1996. Defendeu, em março de 2006, tese de doutorado em Letras, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, na área de Psicolinguística, a respeito do processamento da concordância de número entre sujeito e verbo na produção de sentença. É professora da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro desde 1992. Ministra disciplinas da área de Linguística, na graduação do Departamento de Letras, e integra o Programa de Pós-Graduação Estudos da Linguagem, ligada à linha de pesquisa “Língua e Cognição: Representação , Processamento e Aquisição da Linguagem”. Desenvolve projetos vinculados ao grupo de pesquisa do Laboratório de Psicolinguística e Aquisição da Linguagem (LAPAL) e também ao grupo interdisciplinar de Neurociências e Cognição (INCog). Coordena a equipe de Leitura e Escrita do Núcleo de Orientação e Atendimento Psicopedagógico (NOAP), da Rede de Apoio ao Estudante (RAE) – PUC-Rio. É pesquisadora associada da Rede Nacional de Ciência para Educação. Tem interesse pelas áreas de Psicolinguística, Linguística Teórica, Sintaxe do Português, Educação. Coordenou o GT de Psicolinguística da ANPOLL (2014-2016) e foi coordenadora do Programa de Pós-Graduação Estudos da Linguagem (PPGEL), PUC-Rio, de jan. 2016 a fev. 2019. Foi Jovem Cientista do Nosso Estado (FAPERJ Edital Nº 17/2012). No momento, além das atividades de docência e pesquisa, exerce a função de coordenadora setorial de graduação do Centro de Teologia e Ciências Humanas da PUC-Rio.
Moderador(a)
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Márcio Martins Leitão
Márcio Martins Leitão
Márcio Martins Leitão é professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Linguística da UFPB. Graduou-se em Português-Literaturas pela UFRJ em 1997 e tem mestrado e doutorado em Linguística pela mesma instituição, em 2001 e 2005, respectivamente. Realizou pós-doutorado em Psicolinguística pela Universidade de Lisboa. Atualmente é professor titular da UFPB e coordenador do LAPROL. Foi coordenador do GT de Psicolinguística da ANPOLL entre 2013-2014. É membro da Rede Nacional de Ciência para Educação – REDE CpE, e é editor do site de divulgação científica https://www.linguisticamentefalando.com. Tem experiência na área de Linguística, com ênfase em Psicolingüística Experimental. Seus interesses incluem Processamento Linguístico, Educação e divulgação científica. Atua principalmente nos temas de processamento anafórico, acesso lexical e processamento sintático.
Resumo →
O emprego de ferramentas computacionais e de recursos de IA na investigação do processamento linguístico
A investigação do processamento linguístico realizada no âmbito da Psicolinguística faz uso de procedimentos experimentais para capturar dados que possam ser informativos sobre representações e operações mentais subjacentes a atividades de produção e de compreensão da linguagem, tanto na modalidade oral quanto na escrita. Examinam-se tanto o processamento adulto quanto os processos de aquisição da linguagem, considerando-se populações sem problemas de linguagem, bem como aquelas com algum nível de comprometimento ou transtorno linguístico, em contextos de primeira e/ou segunda língua. Na condução desse tipo de investigação, além de técnicas experimentais tradicionais, observa-se cada vez mais o emprego de ferramentas computacionais na concepção e construção dos itens experimentais, na captura/coleta de dados, e na análise do material coletado. Nesta conferência, apresentam-se alguns recursos que têm sido usados nessas diferentes fases, com destaque para programas de keystroke logging como Inputlog (https://www.inputlog.net/), que capturam dados da escrita em processo por meio das ações do teclado de computadores; ferramentas de análise automática de textos com base em um conjunto de métricas linguísticas e psicolinguísticas, como o NILC-Metrix (http://fw.nilc.icmc.usp.br:23380/nilcmetrix); programas de análise de texto por meio de atributos de grafos, que possibilitam representar recorrências de itens lexicais e padrões de conectividade discursiva (https://neuro.ufrn.br/softwares/speechgraphs). Explora-se, ainda, de que forma os Modelos de Linguagem de Grande Escala (LLMs) podem auxiliar tanto na elaboração de materiais experimentais quanto na análise de dados comportamentais em estudos linguísticos e psicolinguísticos. São apresentados exemplos de usos de ferramentas computacionais e de LLMs em pesquisas psico/linguísticas, destacando possibilidades e desafios para o pesquisador. Além disso, discutem-se questões relativas à confiabilidade das análises, à possibilidade de introdução de vieses nos experimentos e a aspectos éticos envolvidos no uso dessas ferramentas.