Práticas de internacionalização
Na perspectiva da Linguística Aplicada
Participantes
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Valeska Virgínia Soares Souza
Valeska Virgínia Soares Souza
Valeska Soares Souza é professora do Instituto de Letras e Linguística da Universidade Federal de Uberlândia. Graduada em Letras, especialista em ensino e aprendizagem de língua inglesa, mestre em Linguística, foco em letramento digital, pela Universidade Federal de Uberlândia, doutora em Linguística Aplicada, na linha de pesquisa Linguagem e Tecnologia, pela Universidade Federal de Minas Gerais, pós-doutora em pesquisa narrativa e jogos no processo de ensino e aprendizagem. Trabalha como professora de línguas desde 1989. Seu interesse de pesquisa está relacionado ao uso de tecnologias digitais de informação e comunicação para a aprendizagem de línguas.
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Viviane Cabral Bengezen
Viviane Cabral Bengezen
Viviane Cabral Bengezen é professora do Departamento de Letras e Linguística da Universidade Federal de Catalão. É doutora em Estudos Linguísticos e desenvolveu parte de seus estudos de doutorado na Universidade de Saskatchewan, no Canadá. Ela ministra cursos de graduação e pós-graduação nas áreas de formação antirracista de professores de línguas, ensino e aprendizagem de inglês, português como língua adicional e português para estudantes indígenas. É parecerista do periódico Teaching and Teacher Education e também membro do Grupo de Pesquisa Narrativa e Educação de Professores – GPNEP no Brasil. Ela também coordena o Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem em sua universidade e publicou livros, artigos e capítulos de livros na área de Estudos da Linguagem, Formação de Professores e Pesquisa Narrativa.
Moderador(a)
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Waldenor Barros Moraes Filho
Waldenor Barros Moraes Filho
Licenciado em Letras pela Universidade de Brasília (1982), com mestrado em Língua Inglesa e Literaturas Inglesa e Norte-Americanas pela Universidade de São Paulo (1995) e doutorado em Linguística também pela Universidade de São Paulo (2001), Waldenor Barros Moraes Filho é professor associado da Universidade Federal de Uberlândia, onde atua desde 1987, vinculado ao Instituto de Letras e Linguística e ao Programa de Pós-graduação em Estudos Linguísticos. Atuou como Pró-Reitor de Extensão, coordenou o Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos, foi chefe de departamento e diretor do ILEEL e exerceu, também, o cargo de Pró-Reitor de Graduação, tendo sido presidente do Fórum Brasileiro de Pró-reitores de Graduação. É vice-presidente do Programa Idiomas sem Fronteiras, responsável pela área de tecnologia, no âmbito da SESu, no Ministério da Educação.
Resumo →
Práticas de internacionalização
Na perspectiva da Linguística Aplicada
Para um processo de internacionalização abrangente e que valorize a perspectiva bottom up, é importante que as universidades brasileiras fomentem práticas educativas locais. A implementação de ações que engajam comunidades locais de forma a gerar reflexão sobre o processo de acolhimento e de integração permite vislumbrar políticas de internacionalização mais descentralizadoras. Nessa mesa, duas professoras narram experiências vividas em contextos de ensino de línguas que se alinham ao pensamento bottom up e decolonial. Na UFU, o projeto de extensão Adolescentes Poliglotas visa propiciar uma postura plurilíngue e de acolhimento da diversidade. Adolescentes de 11 a 14 anos, cursando as séries finais do Ensino Fundamental, têm a oportunidade de familiarização com as línguas espanhola, francesa e inglesa e aspectos culturais de países em que essas línguas são faladas. Constitui-se uma proposta que vai de encontro às tendências monolíngues de algumas comunidades e sociedades, podendo se tornar uma iniciativa relevante a ser considerada para a educação visando a internacionalização. Na UFCAT, o projeto de extensão Exercício da (Des)coberta é desenvolvido em parceria com quatro Instituições de Ensino Superior brasileiras e uma canadense. O Exercício da (Des)Coberta é uma simulação da história da colonização do Canadá, na qual as pessoas participantes pisam sobre cobertas, desempenhando os papéis de indígenas que viviam em terras canadenses antes da chegada do colonizador. O roteiro, que guia os participantes pela história até os dias de hoje de forma impactante, tem sido vivenciado em escolas e universidades do Brasil e do Canadá, com a participação de docentes e discentes indígenas e quilombolas. Ambas vivências abrem caminhos para se pensar quais práticas são necessárias para a valorização do local e quais parâmetros devem ser considerados na operacionalização de políticas de internacionalização.