Semiótica da quarentena
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Semiótica da quarentena
A crise gerada pela pandemia de COVID-19 deixou países inteiros em estado de alerta e em regime de quarentena, provocando mudanças importantes nas condições espaçotemporais que regulam o modo como os sujeitos vivem seu cotidiano, concebem sua identidade e se relacionam uns com os outros. A pandemia, que vem suscitando e reabilitando diferentes discursos e textos, atingiu a ordem do trabalho, da escola, do lazer, dos afetos, da ciência e da religião. Nesta mesa-redonda, discutiremos, à luz da semiótica do discurso, a construção discursiva das narrativas e dos atores da quarentena, cena predicativa em que o tempo se tornou ou pouco importante (tempo perdido, tempo que passa, tempo não demarcado) ou altamente significativo (tempo da angústia, tempo da esperança, tempo da surpresa), os espaços, delimitados, restritos e controlados (espaço-casulo, espaço-multitarefa, espaço claustrofóbico, espaço-trincheira), e as identidades em processo polêmico de precária manutenção ou reconstrução (atores do medo, da inação, da busca de si, da eficácia, da militância ou do mero negacionismo).