Variação Fonológica
Restrições linguísticas e sociais
Moderadores
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Dermeval da Hora
Dermeval da Hora
Dermeval da Hora é doutor em Lingüística Aplicada pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1990). Atualmente, é Professor da Universidade Federal da Paraíba. Tem experiência na área de Lingüística, com ênfase em Língua Portuguesa, atuando principalmente nos seguintes temas: fonologia e sociolinguistica variacionista. Como bolsista de Produtividade do CNPq 1B, desenvolve o Projeto “Variação Linguística no Estado da Paraíba – fase III: variação, estilo, atitude e percepção”. Foi Presidente da Associação Brasileira de Linguística (ABRALIN) no período de 31 de agosto de 2007 a 31 de agosto de 2009. Coordenou a Área de Linguística e Literatura da CAPES (período 2011-2018). Presidente da Associação de Linguística e Filologia da América Latina (2017-2023). Representante da ALFAL no Comitê Internacional Permanente de Linguistas (CIPL).
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Elisa Battisti
Elisa Battisti
Professora Associada do Departamento de Linguística, Filologia e Teoria Literária da UFRGS e do Programa de Pós-Graduação em Letras da mesma instituição. Coordena a equipe de pesquisadores do LínguaPOA, acervo de entrevistas sociolinguísticas do Instituto de Letras da UFRGS. Tem experiência nas áreas de Fonologia e Sociolinguística, com pesquisas sobre fonologia do português brasileiro, variação e mudança fonético-fonológica. É bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq.
Resumo →
Variação Fonológica
Restrições linguísticas e sociais
A variação fonológica, seja etapa de mudança em progresso ou manifestação de variação estável, correlaciona-se a restrições linguísticas e sociais. Se, de um lado, pesquisas usando o modelo laboviano de regra variável vêm constatando os efeitos dessas restrições sobre processos variáveis já há mais de 50 anos, de outro, apenas mais recentemente a teoria fonológica vem dando espaço à variação, desafiada, porém, pela dificuldade que os modelos formais têm para lidar com condicionadores sociais. Propostas recentes, como a de Coetzee (2016), defendem uma ‘divisão de tarefas’ das restrições, buscando articular a atuação das restrições linguísticas e sociais na variação fonológica: as primeiras dirigiriam os processos variáveis, as últimas responderiam pela difusão dos processos nas comunidades de fala. Esse Simpósio chama trabalhos sobre variação fonológica, em português ou em outras línguas, cujos resultados atestem a correlação dos processos fonológicos variáveis com restrições linguísticas e sociais e isso permitam, assim, discutir sua atuação como motivadoras ou difusoras dos processos. De especial interesse são estudos que busquem respostas para as seguintes questões:
Qual é a adequação dos modelos fonológicos para dar conta dos resultados quantitativos de análises labovianas de processos fonológicos variáveis?
Como se podem conciliar teoricamente os efeitos quantitativos de variáveis linguísticas e sociais (ênfase em Sexo/Gênero/Orientação) sobre processos fonológicos variáveis?