As Ciências do Léxico e seu inesgotável objeto de estudos
Participantes
-
Aparecida Negri Isquerdo
Aparecida Negri Isquerdo
Doutora em Letras (Linguística e Língua Portuguesa) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP) (1996), com estágio no Centro de Linguística da Universidade de Lisboa. Docente aposentada pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Pesquisadora Sênior na UFMS e docente permanente nos Programas de Pós-Graduação em Estudos de Linguagens (Campo Grande), e em Letras (Três Lagoas), da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Desenvolve pesquisas nas áreas de Lexicologia, Lexicografia, Onomástica e Dialetologia. Bolsista Produtividade em Pesquisa do CNPq. Uma das organizadoras da coleção As Ciências do Léxico (vol. I a IX).
-
Guilherme Fromm
Guilherme Fromm
Doutor em Estudos Linguísticos e Literários em Inglês (2008) pela Universidade de São Paulo, e pós-doutorado em Linguística/Lexicografia na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Professor Associado do ILEEL/UFU, área de Língua Inglesa. Editor das revistas Domínios de Linguagem (http://www.seer.ufu.br/index.php/dominiosdelinguagem) e Revista GTLex (http://www.seer.ufu.br/index.php/GTLex/index), da série de livros e-Classe (EDUFU) e membro do Comitê Consultivo do Projeto SciELO Livros. Tem experiência na área de Linguística, com ênfase em Teoria e Análise Linguística, atuando principalmente nos seguintes temas: Lexicografia, Terminologia, Terminografia bilíngue, Tradução e Linguística de Corpus.
-
Odair Luiz Nadin
Odair Luiz Nadin
Livre-Docente em Estudos do Léxico (UNESP/2018). Doutor em Linguística e Língua Portuguesa pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2008). Realizou estágio de doutoramento no Institut Universitari de Lingüística Aplicada da Universitat Pompeu Fabra em Barcelona – Espanha(2007-PDEE/CAPES). Desenvolveu estágio de Pós-doutoramento em Letras – área Lexicografia Bilingue – na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS/2010)/Universidad de Salamanca e estágio de Pós-doutoramento em Filologia e Língua Portuguesa na Universidade de São Paulo (2018). Professor Associado (R.D.I.D.P.) de Língua Espanhola no Departamento de Letras Modernas da Faculdade de Ciências e Letras da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – Campus de Araraquara. Tem experiência na área de Linguística, atuando principalmente nos seguintes temas: Ensino de Espanhol como Língua Estrangeira – E/LE e Estudos do Léxico: Lexicologia/Lexicografia e Terminologia/Terminografia.
Moderador(a)
-
Alexandre Melo de Sousa
Alexandre Melo de Sousa
Alexandre Melo de Sousa é doutor em Linguística pela Universidade Federal do Ceará (2007). Realizou Pós-Doutorado na Universidade Federal de Santa Catarina (2018-2019) na área de Linguística Aplicada/Libras. Atualmente é professor associado da Universidade Federal do Acre, em nível de Graduação e Pós-Graduação, onde desenvolve atividades de ensino, pesquisa e extensão, relacionadas à Linguística – especificamente, aos domínios da Língua Portuguesa e da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Coordena o Projeto Atlas Toponímico da Amazônia Ocidental Brasileira (Projeto ATAOB) e o Projeto Libras, Educação de Surdos e Inclusão. Atua nas áreas de Descrição e Análise Linguística, Linguagem e ensino, Ensino de Gramática e Variação, Educação de Surdos, e Linguística Aplicada à Língua Brasileira de Sinais. Membro da Academia Acreana de Letras – Cadeira Nº 1.
Resumo →
As Ciências do Léxico e seu inesgotável objeto de estudos
Ciências do Léxico é um termo criado no Brasil para denominar um conjunto de disciplinas científicas que possuem o léxico das línguas como seu objeto de estudos. As disciplinas em questão, das mais tradicionais como a Lexicologia, a Lexicografia, a Onomástica, às mais “recentes” como a Lexicografia Pedagógica, a Neologia, a Terminologia, a Terminografia, a Terminografia Pedagógica, a Fraseologia, a Fraseodidática, partem de perspectivas várias para a descrição, a análise e o ensino desse vibrante elemento das línguas. Vibrante porque como conjunto aberto reflete e é o reflexo dos movimentos socio-histórico-culturais da comunidade linguística que dele faz uso. É o léxico “a pedra de toque da linguagem humana”, é “[…] um vasto universo de limites imprecisos e indefinidos que abrange todo o universo conceitual da língua.”, já nos ensinava Biderman (1998; 2001). É o “componente transversal da língua” (BATTANER ARIAS, LÓPEZ FERRERO, 2019) e, por isso, os cientistas do léxico têm em suas mãos um objeto em movimento, que nasce, cai em desuso, ressurge e se renova por meio das necessidades de comunicação dos falantes em suas interações. O léxico não é, portanto, um elemento estático. Isso é possível somente com a “morte” de uma língua, ou seja, se não houver mais nenhum falante que possa se expressar em seu cotidiano e nem registro dessa língua em dicionários e gramáticas. No Brasil, há uma tradição nos estudos do léxico e essa tradição vem sendo divulgada por meio de importantes publicações em revistas e livros. Esta mesa-redonda tem, portanto, por objetivo lançar luz sobre algumas das publicações a partir das mais diversas perspectivas teórico-metodológicas, a fim de tornar ainda mais evidente para a comunidade científica, bem como para a comunidade em geral, tanto o valor do léxico enquanto objeto de pesquisa quanto o rigor teórico-metodológico necessário para compreender dito objeto em um dado momento socio-histórico-discursivo.