Estudos da Sociolinguística de Contato
No Brasil
Participantes
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Silvana Silva de Farias Araújo
Silvana Silva de Farias Araújo
Silvana Silva de Farias Araújo é Professora Titular de Língua Portuguesa do Departamento de Letras e Artes da Universidade Estadual de Santana (UEFS), atuando em cursos de Graduação e de Pós-Graduação. É doutora em Língua e Cultura e Conselheira da Associação de Estudos Linguísticos e Literários do Nordeste (GELNE) desde 2019. Coordenou o Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos (PPGEL/ UEFS), de 2016 a 2019, tendo presidido a comissão de implantação do curso de Doutorado em Estudos Linguísticos. Foi presidente da Associação Brasileira de Estudos do Contato Linguístico (ABECS), no biênio 2014-2016. Tem experiência na área de Sociolinguística, investigando principalmente os seguintes temas: formação do português do Brasil, contatos linguísticos, fenômenos morfossintáticos e variedades africanas do português. Suas pesquisas estão concentradas na busca de pistas para as origens do português brasileiro, a partir da documentação linguística em comunidades de fala e de prática, no Brasil e em Angola. Foi presidente da implantação do curso de especialização em Linguística e Ensino-Aprendizagem de Língua Portuguesa, tendo coordenado o curso de 2014 a 2016 e o curso de especialização em Estudos Linguísticos, de 2008 a 2010, ambos na UEFS.
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Karen Pupp Spinassé
Karen Pupp Spinassé
Karen Pupp Spinassé é Professora Associada (Nível 3) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Doutora em Deutsch als Fremdsprache (Linguística Aplicada ao Ensino do Alemão) pela Technische Universität Berlin (2001-2004), trabalha desde 2006 como docente da UFRGS, atuando na Graduação em Letras Português-Alemão e na Pós-Graduação, nas Linhas de Linguística Aplicada e de Sociolinguística. Coordena os cursos de alemão do NELE (Núcleo de Ensino de Línguas em Extensão) da UFRGS e também é a representante da UFRGS junto ao MEC no Programa Idiomas sem Fronteira – Alemão, sendo a coordenadora pedagógica dos cursos. Pesquisa principalmente os seguintes temas: bilinguismo, biletramento, currículo bilíngue, didática de ensino de línguas estrangeiras e ensino do alemão no Brasil, em especial no Rio Grande do Sul, em contextos de imigração. Também transita pela área da Dialetologia e da História da Imigração, sendo membro do Instituto Histórico de São Leopoldo (Cadeira N° 22).
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Beatriz Protti Christino
Beatriz Protti Christino
Beatriz Protti Christino é Professora Adjunta IV do Departamento de Letras Vernáculas (Setor de Língua Portuguesa) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), atuando na Graduação e Pós-Graduação, e pesquisadora-colaboradora do Setor de Linguística do Museu Nacional-UFRJ, onde atua como docente no Mestrado Profissional em Linguística e Línguas Indígenas (PROFLLIND-MN-UFRJ). Doutora em Linguística pela Universidade de São Paulo (USP), investigou, em seu doutorado, o circuito de produção e recepção das pesquisas acerca de línguas sul-americanas de 1890 a 1929 e, em especial, a obra de Capistrano de Abreu sobre a língua Kaxinawá (ou hantxa kuin), obtendo Menção Honrosa no Prêmio Capes de Teses. Desde 2012, dedica-se ao estudo de variedades do Português empregadas na comunicação interétnica e transcultural por comunidades indígenas brasileiras e, em particular, à descrição da morfossintaxe e de aspectos discursivo-interacionais do Português dos Kaxinawá.
Moderador(a)
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Monica Maria Guimaraes Savedra
Monica Maria Guimaraes Savedra
Doutora em Linguística pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1994), Monica Savedra é Professora da Universidade Federal Fluminense – UFF, onde desenvolve pesquisas e orientações na área de sociolinguística, com ênfase na área de contato linguístico, com especial atenção para línguas de imigração, no âmbito da temática de bilinguismo/bilingualidade, plurilingusmo/plurilingualidade e línguas pluricêntricas. Foi professora adjunta da UERJ (1978-2003) e da PUC-Rio (1990-2009). Atuou em ambas universidades na área de ensino de alemão como língua estrangeira -DaF, orientando vários trabalhos em nível de graduação e pós-graduação. Foi coordenadora do GT de Sociolinguística da ANPOLL de 2006 a 2010. Coordenou um projeto PROBRAL com a Universität Duisburg-Essen no biênio 2006-2007 e atualmente coordena um PROBRAL II em parceria com a Europa Universität Viadrina (2015-2018). Também é Cientista do nosso estado (CNE) pela Fundação Carlos Chagas de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro-FAPERJ desde 2014 e atuou como assessora científica desta Fundação para a área de Humanidades de 2010 a 2018.
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Estudos da Sociolinguística de Contato
No Brasil
Apesar de haver um arraigado mito do monolinguismo que promove a invisibilização das línguas minorizadas, o Brasil é um país plurilíngue, onde indivíduos falam mais de uma língua (plurilinguismo individual) em contextos em que se falam muitas línguas (plurilinguismo social), marcado por cenários diversos de bi/plurilinguismo assimétrico. Toda esta riqueza, campo de contrastes e conflitos, é expressa pela diversidade etnolinguística e cultural presente nos diferentes grupos formados pelas nações indígenas, pelas comunidades de descendentes de imigrantes, pelas comunidades quilombolas, por comunidades de povos ciganos, pelos contextos fronteiriços, pelos refugiados de ingresso recente e ainda pelas comunidades surdas usuárias de línguas de sinais. Dentro de uma perspectiva que considera tempo e espaço, pretendemos discutir a especificidade própria das diversas situações de contato linguístico de nosso país, privilegiando aspectos da sócio-história, da política, da identidade e da educação linguística, apontando a relevância dos Estudos de Sociolinguística de Contato no Brasil.