Gabriel Antunes de Araujo
Neologia no Português de São Tomé: fauna e flora
Conferencista
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Gabriel Antunes de Araujo
Gabriel Antunes de Araujo
Gabriel Antunes de Araujo é professor associado de linguística na Universidade de Macau (China) e no programa de pós-graduação em Filologia e Língua Portuguesa da Universidade de São Paulo. Possui doutorado pela Vrije Universiteit Amsterdam (Países Baixos) e graduação e mestrado pela Unicamp. Desenvolve estudos sobre fonologia e morfologia do português transplantado e de diversas línguas crioulas de base portuguesa do Atlântico.
Moderador(a)
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Manuele Bandeira
Manuele Bandeira
Professora Adjunta da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), Campus dos Malês, São Francisco do Conde – BA, Professora Permanente do Mestrado Acadêmico em Estudos de Linguagens: contextos lusófonos Brasil-África da UNILAB/BA e do Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura da Universidade Federal da Bahia (PPGLinC). Doutora em Letras pela Universidade de São Paulo, é especialista em fonologia da línguas crioulas de base portuguesa do Golfo da Guiné e na morfologia do papiamentu, crioulo de base ibérica. Graduou-se no curso de Letras Vernáculas (Licenciatura e Bacharelado) pela Universidade Federal da Bahia em 2010. Em 2013, concluiu o mestrado sobre adaptação de empréstimos no papiamentu moderno junto ao Programa de Pós-graduação de Filologia e Língua Portuguesa da USP. Em 2016, concluiu o doutorado em Letras pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP). Em sua tese, dedicou-se à reconstrução fonológica e lexical de um protocrioulo de base portuguesa do Golfo da Guiné. Durante o mestrado e o doutorado, realizou viagens de campo cujos destinos foram a ilha de Curaçao, no Caribe, e as ilhas de São Tomé e Príncipe (África setentrional).
Resumo →
Gabriel Antunes de Araujo
Neologia no Português de São Tomé: fauna e flora
Nesta apresentação, abordarei algumas questões da neologia do português de São Tomé (PST), sobretudo o léxico relativo à fauna e à flora. Mostrarei que o PST, basicamente, incorpora itens lexicais do santome, uma língua também falada no país, utilizando três estratégias: a nativização, o decalque e uma incorporação híbrida (que combina as duas outras estratégias). Do ponto de vista da fonologia, falantes do português (monolíngues ou bilíngues) interpretam a estrutura fonológica do santome e a incorporam no português, com os ajustes necessários da língua alvo. Portanto, elementos exógenos à fonologia do português são eliminados. O santome, contudo, é uma língua crioula de base portuguesa, portanto seu léxico possui étimos portugueses. Assim, trata-se de um caso de influências lexicais múltiplas em diversas sincronias.